Primeiramente devemos dizer que o termo “incorporação” não traduz exatamente o que se passa no momento da comunicação psicofônica ou psicográfica, já que o Espírito não entra no corpo do médium para se comunicar, fazendo isso pela transmissão do seu pensamento, quando, então, o médium o traduz, segundo a sua condição moral e intelectual. Mas o termo está consagrado, já que o médium “incorpora” as sensações, ideias e sensações das entidades comunicantes. Acontece que nem sempre o médium oferece os pré-requisitos essenciais para traduzir o pensamento da entidade comunicante e, aí, pode-se dizer que a comunicação foi incompleta. Sugerimos a leitura do item 225 de “O livro dos médiuns” (FEB), o qual nos oferece um completo entendimento do papel dos médiuns nas comunicações espíritas. A questão do transe mediúnico não deve ser colocado em termos de completo ou incompleto, mas da possibilidade de transmissão do pensamento do comunicante com a maior fidelidade possível. Um médium intuitivo poderá ter maior fidelidade que um psicógrafo mecânico se tiver, dentre outros, maior identidade com o comunicante, estudo, sintonia, e fatores morais elevados.