Os seus sonhos são os denominados premonitórios. O aconselhavel é que não relatar às pessoas o que sonhou, principalmente se uma imagem ruim, como por exemplo uma enfermidade, um desastre etc. Imagine uma família amiga que irá empreender uma viagem e você sonha com um desastre… O sonho poderá resultado de sua preocupação, mas poderá ser também uma premonição… Se o médium considerar conveniente, poderá conversar com a família, a propósito das condições do veículo, à obediência aos sinais de trânsito, que tenham prudência, etc… o relato negativo será causa de medo e de aflições, se não for bem dosado e a pessoa não for devidamente equilibrada, o que causará desagrado, ao invés de auxílio. Lembremos que existe uma programação espiritual à qual a maioria de nós participou de sua elaboração e se referem sobretudo aos fatos mais relevantes da vida, e também existem as ocorrências da vida advindas de nossa invigilância, que podem inclusive alterar o nosso projeto reencarnatório. O médium de premonição pode acessar psiquicamente ambas as situações, por intuição ou por informação de um Espírito. É natural que diante de um sonho com características premonitórias queira relatar, seja sobre acontecimentos consigo ou com o próximo. Mas é preciso saber se é conveniente e como relatar. Tais revelações antes de terem o condão de alterar o programa da reencarnação do indivíduo, como se a revelação da premonição por si só tivesse esse poder, têm, antes de tudo, a função de demonstrar que o indivíduo não está desamparado, e que existe a providência Divina, diante de situações de maior luta na vida, das quais não se pode fugir. Mas, também poderá ser um alerta para a mudança de conduta da pessoa, de mais vigilância, responsabilidade, para se evitar coisa pior. Nesse caso, o bom conselho, amoroso e com base no Evangelho Sugerimos a leitura do cap. 9, “Premonições” do livro “Recordações da Mediunidade” (FEB) de Ivonne A. Pereira, no qual a médium estuda o fenômeno com diversas nuances.

A expressão utilizada na pergunta se refere a sensações que antecedem o fenômeno da clarividência, se bem compreendemos a questão proposta. Todo fenômeno mediúnico tem uma fase de assimilação pelo médium dos fluidos do perispírito do comunicante, que Ernesto Bozzano chama de psicometria, no livro Enigmas da psicometria. A “sensação” mencionada é o momento que inicia a sintonia com o Espírito. Cada médium tem uma sensação própria que varia de pessoa a pessoa. Se o Espírito é equilibrado o médium sentirá um bem estar, após esse momento surgirão na sua mente as imagens projetadas pelo comunicante. O mesmo ocorre com a aproximação de entidades enfermas. Tais sensações somente devem ser estimuladas em reunião mediúnica séria. Se surgirem no cotidiano cabe ao médium desviar o pensamento, mantendo-se vigilante.

Estimados amigos, ficaremos por aqui, paz e alegria a todos. Deixaremos um texto para reflexão do livro Seara dos médiuns, pelo Espírito Emmanuel/Chico Xavier.

Realmente o médium de premonição, que antevê acontecimentos próximos ou mais longínquos, deve ter grande cuidado para não causar medo, pânico ou desacerto emocional, como a apreensão, nos outros. O bom senso deve guiar a conduta do médium de premonição, para não cair no descrédito. Para tanto, deverá manter-se em vigilância mental, estudar bastante os temas espíritas, para não se resvalar no misticismo ou ser enganado por Espíritos mistificadores, orar sempre, pautar sua conduta na busca da moralidade que eleva. Nem tudo o que se percebe mediunicamente deve ser dito, ou pelo menos se for dito que seja com benevolência e amor. Benfeitores espirituais nunca dizem o mal, não fazem previsões futurísticas, não marcam hora para desastres. Aconselham o bem, a prudência e a vigilância. O médium deve ficar atento quanto a isso.