Perguntas e Respostas

Pintura Mediúnica

Perguntas elaboradas pelos participantes do grupo Telegram @febtv_mediuns, referente à série apresentada por Jacobson Sant’ana Trovão “Estudando O Livro dos Médiuns”, canal da FEBtv no YouTube, e respondidas por uma equipe de estudiosos do tema.

Vedada a reprodução, finalidade meramente de estudo da mediunidade à luz do espiritismo.

Sobre a utilidade prática psicopictografia ou pintura mediúnica, na “Revista Espírita” de agosto de 1858 Kardec faz a seguinte observação sobre desenhos que lhe chegaram, no caso habitações em Jupiter: “Para nós, o essencial será sempre o ensinamento moral, de sorte que procuramos, nas comunicações do além-túmulo, sobretudo aquilo que possa esclarecer a Humanidade e conduzi-la ao bem, único meio de lhe assegurar a felicidade neste e no outro mundo. […] Nem todas as ciências têm um interesse eminentemente prático; entretanto, a ninguém ocorre tratá-las com desdém, porque tudo que amplia o círculo das idéias contribui para o progresso. Dá-se o mesmo com as comunicações espíritas, ainda que escapem ao círculo acanhado da nossa personalidade.” Então, ao que parece, Kardec não via uma utilidade prática na pintura mediúnica, ao menos nas que lhe foram apresentadas, mas não as tratou com desinteresse absoluto, não viu, no momento utilidade. Mas, não podemos desconhecer que serve de prova da imortalidade da alma e da comunicabilidade dos Espíritos, mas desde que seja de qualidade, pois Kardec critica os desenhos de má qualidade, que ele considerava mitificação ou fraude dos médiuns. Ele fala em caricaturas que não retratavam a realidade espiritual. É uma mediunidade rara, se for de qualidade. Não podemos desconsiderar a aplicação do bom senso na análise das pinturas mediúnicas, como em toda comunicação dada por Espíritos. Alguns nomes conhecidos nas artes mundiais têm diuturnamente enviado supostas pinturas mediúnicas que acabam levando ao descrédito do próprio Espiritismo, pois em nada se assemelham à genialidade dos possíveis autores ora desencarnados. Muitos são traços rudimentares, quais infantis, que não trazem o cunho de autenticidade desejável em qualquer ditado mediúnico, quando se conhece o estilo do pintor. O estilo é a alma do ser. No caso, não basta tratar do tema que levou o pintor à notoriedade, mas é preciso que existam traços de identidade que são impossíveis de serem imitados. Assim, pelos critérios de Allan Kardec saibamos separar o joio do trigo para não ser ludibriados por Espíritos mistificadores ou falsos médium que exploram a credulidade do público. Numa reunião mediúnica de socorro Espiritual, também chamada de desobsessão, André Luiz aconselha que não se exercite outras mediunidades senão a psicofonia, a psicografia e as de natureza anímica, quais a vidência, intuição, desdobramento, o passe, e nada muito além.