A evolução espiritual permite um maior domínio da forma perispiritual. Pela vontade ele pode alterar sua aparência. Os inferiores podem ser divididos da seguinte forma: aqueles que em função de graves delitos mantém a mente num certo instante ou período existencial e ficam sujeitos àquela forma que lhe impressionou, muita vez degradante, embrutecida, com feridas ou mutilações. Caso de muitos suicidas que não conseguem se libertar do instante do ato supremo contra a vida; outros que ficam retidos na forma da última existência, sem o mínimo controle mental, preocupados com os bens que deixaram na Terra; há porém, uma categoria de espíritos inferiores vinculados ao mal que já aprenderam que pela vontade podem manipular os fluidos, mesmo sem conhecimento integral do processo. Aprenderam também a arte da hipnose e criam formas mentais que impressionam os médiuns, projetando na mente deles imagens horrendas que são percebidas como uma vidência. Pelo mesmo princípio da hipnose dominam outros Espíritos e podem causar na mente do hipnotizado uma reação que lhe altera a forma, caso da culpa, que pode dar brecha a obsessores que induzem o desencarnado ao estado de licantropia ou forma de animais. Existem outros, da mesma faixa evolutiva, que pensam insistentemente numa forma e podem exibir ao vidente vestimentas grotescas, de mal gosto, com a finalidade de causar medo. Mas, não conseguem senão evidenciar sua verdadeira natureza negativa. São meras criações mentais, das quais acabam por lhes dar piores condições morais; há Espíritos inferiores, que não são efetivamente maus, que para serem reconhecidos pela vidência e comprovarem sua presença criam objetos temporários, como uma vestimenta, um chále, uma bengala, objetos que tiveram quando encarnados. Mas, como disse, nem todos os Espíritos sabem que podem manipular os fluidos. O que o Espírito inferior não consegue é sublimar seu perispírito, ilumina-lo sem uma transformação moral concreta, dar-lhe leveza, se libertar da imposição de formas imperfeitas e densas, e se elevar para habitar nas altas esferas dos bons Espíritos. Por isso diz-se que os Espíritos inferiores estão preso ao mundo das formas, criadas consciente ou inconscientemente por eles, ou, noutras palavras, por nós.