Perguntas e Respostas

Perispírito

Perguntas elaboradas pelos participantes do grupo Telegram @febtv_mediuns, referente à série apresentada por Jacobson Sant’ana Trovão “Estudando O Livro dos Médiuns”, canal da FEBtv no YouTube, e respondidas por uma equipe de estudiosos do tema.

Vedada a reprodução, finalidade meramente de estudo da mediunidade à luz do espiritismo.

O texto que lastreou nosso comentário foi o seguinte, de André Luiz:
– livro “Libertação”, cap. 6, usando a palavra “desintegração” do perispírito para se referir à eliminação de partes do perispírito:
“— Viste companheiros — prosseguiu o orientador —, que se desfizeram dele, rumo a esferas sublimes, cuja grandeza por enquanto não nos é dado sondar, e observaste irmãos que se submeteram a operações redutivas e desintegradoras dos elementos perispiríticos para renascerem na carne terrestre. Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, que já merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores, mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respeitáveis desses dois tipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual.”
Veja que nem mesmo o autor espiritual adentrou em maiores detalhes, já que se refere a Espíritos de ordem elevada. A tese de André Luiz se harmoniza com a de Allan Kardec em “A Gênese”, cap. 14, item 8, ao falar da elevação de Espíritos superiores a esferas mais sublimadas:
“Deixando a Terra, o Espírito aí abandona o seu envoltório fluídico e toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar.”
Realmente, deve existir algo, como você cogita na pergunta, mas não nos é revelado quando se trata de Espíritos Superiores.

Sua pergunta é justa e nos cumpre esclarecer que a expressão “desintegração” utilizada no programa 14, passado, no estudo do aspectos do perispírito, referente ao processo da reencarnação é de André Luiz, apenas citamos a tese de nobre Espírito, contido nos seguintes apontamentos:

1 – Falando sobre o processo de miniaturização, livro “Missionários da Luz”, cap. 13:
“Sem que me possa fazer compreendido, de pronto, pelo leitor comum, devo dizer que “alguma coisa da forma de Segismundo estava sendo eliminada”. Quase que imperceptivelmente, à medida que se intensificavam as operações magnéticas, tornava-se ele mais pálido. Seu olhar parecia penetrar outros domínios. Tornava-se
vago, menos lúcido.”
[…]
“– Agora – continuou o instrutor – sintonize conosco relativamente à forma pré-infantil. Mentalize sua volta ao refúgio maternal da carne terrestre! Lembre-se da organização fetal, faça-se pequenino! Imagine sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser homem!
Compreendi que o interessado precisava oferecer o maior coeficiente de cooperação individual para o êxito amplo. Surpreendido, reconheci que, ao influxo magnético de Alexandre e dos Construtores Espirituais, a forma perispiritual de Segismundo tornava-se reduzida.
A operação não foi curta, nem simples. Identificava o esforço geral para que se efetuasse a redução necessária.
Segismundo parecia cada vez menos consciente. Não nos fixava com a mesma lucidez e suas respostas às nossas perguntas afetuosas não se revelavam completas.
Por fim, com grande assombro meu, verifiquei que a forma de nosso amigo assemelhava-se à de uma criança.”

2 – O mesmo autor, agora no livro “Libertação”, cap. 6, usando a palavra “desintegração” do perispírito para se referir à eliminação de partes do perispírito:
“— Viste companheiros — prosseguiu o orientador —, que se desfizeram dele, rumo a esferas sublimes, cuja grandeza por enquanto não nos é dado sondar, e observaste irmãos que se submeteram a operações redutivas e desintegradoras dos elementos perispíriticos para renascerem na carne terrestre. Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, que já merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores, mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respeitáveis desses dois tipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual.”

A exemplar obra de nosso irmão e amigo, ora na Pátria Espiritual, Dr. Zalmino Zimmermann, “Perispírito”, é concorde com a obra de André Luiz, sobretudo no correto trecho mencionado em sua pergunta, baseado nos capítulos dos livros acima mencionados.

O perispírito se desfaz ou desintegra em cada reencarnação, no processo de miniaturização, segundo André Luiz, mas não totalmente. Sendo assim, preservam-se os elementos identificadores do Espírito, sobretudo as memórias armazenadas nas inúmeras reencarnações.

A doação de órgãos é um ato de extrema caridade, que muito beneficiará o doador e o receptor. Os bons Espíritos tudo farão para que a transferência de órgão se dê com a maior segurança e tranquilidade para o doador. Lembremos que o progresso científico na Terra atende a determinações Divinas para a evolução do homem. Ora, se a medicina já alcançou o êxito desejado nas transfusões de órgãos é exatamente para prorrogar a vida na Terra, a beneficio do receptor, que terá nova oportunidade ante as provas e expiações que terá de passar, visando sua elevação espiritual.

O Espírito André Luiz assim se expressa sobre o assunto:

1- Falando sobre o processo de miniaturização, livro “Missionários da Luz”, cap. 13:
“Sem que me possa fazer compreendido, de pronto, pelo leitor comum, devo dizer que “alguma coisa da forma de Segismundo estava sendo eliminada”. Quase que imperceptivelmente, à medida que se intensificavam as operações magnéticas, tornava-se ele mais pálido. Seu olhar parecia penetrar outros domínios. Tornava-se vago, menos lúcido.”
[…]
“– Agora – continuou o instrutor – sintonize conosco relativamente à forma pré-infantil. Mentalize sua volta ao refúgio maternal da carne terrestre! Lembre-se da organização fetal, faça-se pequenino! Imagine sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser homem!
Compreendi que o interessado precisava oferecer o maior coeficiente de cooperação individual para o êxito amplo. Surpreendido, reconheci que, ao influxo magnético de Alexandre e dos Construtores Espirituais, a forma perispiritual de Segismundo tornava-se reduzida.”

2- O mesmo autor, agora no livro “Libertação”, cap. 6, usando a palavra “desintegração” do perispírito para se referir à eliminação de partes do perispírito:

“— Viste companheiros — prosseguiu o orientador —, que se desfizeram dele, rumo a esferas sublimes, cuja grandeza por enquanto não nos é dado sondar, e observaste irmãos que se submeteram a operações redutivas e desintegradoras dos elementos perispiríticos para renascerem na carne terrestre. Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, que já merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores, mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respeitáveis desses dois tipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual.”

Quanto a evolução do Espírito esta se dará no esforço do auto aprimoramento, no trabalho do bem e na renúncia que evidencie vontade de servir e de aprender.

Vamos a cada uma das perguntas:

1) Devemos lembrar dos fatores genéticos que se associam na formação do novo corpo, já que os genes recebidos dos genitores darão a aparência ao reencarnante. Então, não se pode inferir que terá a mesma compleição física da vida passada;
2) As informações do Cristo, no viés da sua pergunta, se encontram no livro “A caminho da luz”, psicografado por Chico Xavier, de Emmanuel. Nessa obra ele deixa claro que a evolução de Jesus deu-se bem antes da formação da Terra, já que ele, o Governador do planeta, impulsionou a estruturação do planeta. Como e onde a evolução Crística se deu não nos foi revelado.
3) As duas coisas acontecem. As nossa preces dirigidas a outrem são recebidas pelo necessitado, assim como se associam à prece intercessória aqueles que amam o necessitado. Lembremos que a prece da alma engrandecida no amor e no trabalho do bem tem sempre maior eficácia, o que não obsta que façamos o pedido a Deus e a Jesus, que tudo podem e vão observar a carência do necessitado, conquanto nos falte os méritos espirituais para pedir com justeza.
4) Em relação à colônia “Nosso Lar” é esclarecido na obra de mesmo nome que ali se abrigam Espíritos melhorados, sofredores recém recolhidos de ambientes inferiores, e não almas sublimadas. Assim, nem todos conseguem absorver da natureza os fluidos vitalizantes e a alimentação, ou fluidos condensados, necessita ter uma densidade que lhes torne absorvível pelo perispírito. Pelo mesmo motivo não conseguem volitar, necessitam de transporte, pois não detém equilíbrio mental e experiência necessária para o voo em Espírito. Afinal, domínio mental não é simples e se inicia na Terra. Se aqui não temos suficiente domínio dos pensamentos, como desejar que os tenhamos somente porque houve a separação da alma do corpo denso?

André Luiz apresenta a tese dos ovóides no livro “Evolução em dois mundos”, cap. 12, e “Libertação” cap. 15. Pela descrição do autor espiritual o ovóide recuperará a forma humana, podendo ocorrer tanto por ações magnéticas ocorridas em centros socorristas no plano espiritual e/ou ser conduzido a uma nova reencarnação.

Espírito e perispírito são distintos. O primeiro não se tem informação de sua natureza, quanto ao segundo é matéria em estado desconhecido na Terra. Tratamos do tema no programa 11. Creio que assistindo muitas dúvidas poderão ser sanadas. Se ainda permanecer qualquer dúvida, pergunte novamente. Estamos à disposição para colaborar.

Não temos muitas informações fornecidas pelos benfeitores espirituais sobre os ovóides. Assim, não temos como apreciar se a situação gemelar nominada de siameses decorre dos estados ovoidais dos perispíritos envolvidos. O que se sabe, por informações de Espíritos superiores, é que os siameses são almas unidas por sentimento comum, desde longa data, em estado provacional, como toda reencarnação que visa a renovação da alma para planos mais elevados.

A mente está na base de tudo. A mente se exibe na estrutura do perispírito e este dá forma ao corpo físico. André Luiz no livro “Missionários da luz”, cap. 13, assim se expressa:

“– O organismo maternal fornecerá todo o alimento para a organização básica do aparelho físico, enquanto a forma reduzida de Segismundo, como vigoroso modelo, atuará como imã entre limalhas de ferro, dando forma consistente à sua futura manifestação no cenário da Crosta.”

Veja que, pela explicação do autor espiritual, o corpo em formação, desde as primeiras divisões celulares, recebe o impulso magnético da “forma reduzida” ou seja o perispírito já miniaturizado comanda a formação de todos os elementos constituintes do organismo fisico. Naturalmente, não se dispensa o comando automático da mente, embora o ser reencarnante no processo de miniaturização e ligação ao ventre materno perde a consciência.