O tema foi tratado em outras questões. Ampliando a análise, temos que a grande maioria dos estudiosos da Codificação admite que não.
Eis um indicativo para essa afirmativa: Jesus fez a seguinte promessa “E eu rogarei ao Pai, e {ele} vos dará outro Parácleto para que esteja convosco para sempre. O Espírito da verdade, que o mundo não receber nem o conhece; vós […] (João: 14:16-17). Parácleto é alguém chamado ou enviado para prestar auxílio, consolar, confortar, defensor do réu, intercessor. (Novo Testamento. Trad. Haroldo Dutra Dias. – FEB).
Observe que Jesus promete que Deus nos dará outro Parácleto, e não Ele que retornaria. O texto nos leva a entender que o Espírito de Verdade não era Jesus.
Mais, ainda, há uma mensagem contida no capítulo VI de “O Evangelho segundo o Espiritismo” em cujas primeiras frases o autor assim se identifica:
“Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar aos incrédulos que acima deles reina a verdade imutável. […]”.
Entende-se, pela psicografia, que era Jesus. Essa mensagem está incluída em “O evangelho segundo o espiritismo”, cap. 6, item 5, trazendo a assinatura de o Espírito da Verdade. Um hipótese é que Kardec, por cautela, pode ter solicitado que o Espírito de Verdade a assinasse, mas nada concludente. Não há provas para se afirmar que o Espírito de Verdade era Jesus.