Sobre regressão de memória provocada e espontânea diz o Espírito Emmanuel no livro “O Consolador”:
” 370 –Seria lícito investigarmos, com os Espíritos amigos, as nossas vidas passadas? Essas revelações, quando ocorrem, traduzem responsabilidade para os que as recebem?
– Se estais submersos em esquecimento temporário, esse olvido é indispensável à valorização de vossas iniciativas. Não deveis provocar esse gênero de revelações, porquanto os amigos espirituais conhecem melhores as vossas necessidades e poderão provê-las em tempo oportuno, sem quebrar o preceito da espontaneidade exigida para esse fim.
O conhecimento do pretérito, através das revelações ou das lembranças, chega sempre que a criatura se faz credora de um benefício como esse, o qual se faz acompanhar, por sua vez, de responsabilidades muito grandes no plano do conhecimento; tanto assim que, para muitos, essas reminiscências costumam constituir um privilégio doloroso, no ambiente das inquietações e ilusões da Terra.”
Na visão desse elevado Mentor, as lembranças espontâneas são provocadas por benfeitores espirituais, com um propósito que beneficiará o indivíduo, mesmo sendo a recordação dolorosa. Hoje fala-se em terapia de vidas passadas – TVP, muitas vezes com resultados inesperados. Sem estabelecer preferências, uma vez que os conhecimentos humanos evoluirão sempre a nosso benefício, entendemos que o silêncio do passado deve ser respeitado, seguindo o pensamento de Emmanuel. Consideremos que nossas tendências de hoje constituem reflexos de outras existências pretéritas, nos revelando o ontem para a corrigenda no hoje. Podemos, por isso mesmo, entender nas tendências e nos hábitos naturais no indivíduo verdadeiras recordações espontâneas de outras reencarnações, que por si só constituem material vasto para ações terapêuticas valiosas. Por outro lado, Divaldo P. Franco, no livro “Loucura e Obsessão”, cap. 7, tece considerações sobre o tema, falando dos riscos e cuidados na TVP, tais como a moralidade do terapeuta, o amparo espiritual no ato e o mérito do paciente, dentre outros. Assim, cabe muito cuidado na chamada TVP, afim de que danos maiores sejam evitados na harmonia mental do paciente.