A prece intercessória tem um inestimável poder e aqueles que a recebem serão sempre gratos. Não há nenhum inconveniente em se fazer prece pelos suicidas durante o Evangelho no lar. Não devemos esquecer que nos momentos de estudo sério da Doutrina espírita e do Evangelho de Jesus, há sempre trabalhadores da Seara do Senhor ali presentes para nos inspirar e proteger. Por oportuno, no cap. 28, item 31, de O Evangelho segundo o Espiritismo (FEB), o Codificador sugere uma prece para os suicidas. Permita-nos um trecho do livro Memórias de um suicida, da Yvonne do Amaral Pereira, editado pela FEB:
“De qualquer forma, porém, a Prece, como vistes, externada com amor e veemência em favor de um suicida, é o sacrossanto veículo que carreia, em qualquer tempo, inestimáveis consolações, mercês celestes para aquele desafortunado, porquanto é um dos valiosos elementos de socorro estatuídos pela citada lei em favor dos que sofrem, elemento com o qual ela conta a fim de acionar vibrações balsamizantes necessárias ao tratamento que a carência do mártir requer, constituindo, por isso mesmo, erro calamitoso a negativa, por parte das criaturas terrenas, desse ato de solidariedade, interesse e beneficência, pela injusta suposição de que seria inútil sua aplicação por irremediável a desgraçada situação dos suicidas! A Prece, ao contrário, torna-se ato de tão louvável e prestimosa repercussão, que aquele que ora, por um de vós, faz-se voluntário colaborador dos obreiros da Legião de Maria, coadjuvando seus esforços e sacrifícios na obra de alívio e reeducação a que se devotaram!” (Grifo nosso). É importante diferenciar a prece feita com amor, quando se mentaliza Jesus e pede ao Mestre o amparo a esse ou aquele sofredor; prece que sempre eleva e proporciona o bem estar tanto ao que ora quanto ao beneficiário da prece, das irradiações em que o médium se concentra num enfermo ou num lugar especificamente, buscando visualizações diretas, o que estabelece uma sintonia e um campo magnético de atratividade. Pois, nesse caso, o médium, dependendo de sua sensibilidade, se iniciante ou despreparado, poderá assimilar a atmosfera espiritual dos lugares ou dos enfermos para os quais mentaliza e sentir a emanações fluidicas de ambos. Isso decorre da possibilidade psicométrica de cada médium. É bem verdade que embora isso possa ocorrer são sensações e percepções passageiras, das quais o médium se livra pela desconcentração mental.