Perguntas e Respostas

Mediunidade e Enfermidade

Perguntas elaboradas pelos participantes do grupo Telegram @febtv_mediuns, referente à série apresentada por Jacobson Sant’ana Trovão “Estudando O Livro dos Médiuns”, canal da FEBtv no YouTube, e respondidas por uma equipe de estudiosos do tema.

Vedada a reprodução, finalidade meramente de estudo da mediunidade à luz do espiritismo.

Sobre o início do desenvolvimento mediúnico, seus primeiros sinais de compromisso com a tarefa é variável de pessoa a pessoa. Não existe um padrão. Somente a observação individual indica que o indivíduo detém percepções mediúnicas. Normalmente, o sentimento natural da pessoa em desejar participar dos estudos e depois da prática mediúnica já revelam o compromisso com a mediunidade e, se houver manifestações, será portadora da faculdade ostensiva. Nem todos exibem perturbações por influências espirituais, se isso ocorrer a pessoa deve primeiro se reequilibrar e, somente após demostrar segurança psíquica e emocional, com lastro nos estudos sérios, poderá avançar no serviço mediúnico. Comentamos isso, pois se existe transtorno de ansiedade é preciso verificar até que ponto esse transtorno pode comprometer os aspectos cognitivos e emocionais da pessoa, se faz ou não uso de medicamentos e os efeitos produzidos. De posse de tais informações o médium e o dirigente decidirão sobre a possibilidade da prática mediúnica. Em relação à influência da pineal no transtorno de ansiedade não se pode informar com certeza qualquer relação, ao menos do ponto de vista espiritual. A mediunidade não causa enfermidade, portanto não afeta o funcionamento orgânico. Assim, mediunidade não causa ansiedade. Somente uma avaliação médica poderia indicar se no paciente existe uma correlação entre o transtorno de ansiedade e a disfunção da glândula pineal. Influências espirituais poderiam causar ou agravar estados de ansiedade? A resposta é sim, excluídas as causas orgânicas e as de natureza externas ao paciente, deve-se considerar tal possibilidade. O passe, o estudo do Evangelho de Jesus, a meditação, são efetivos no reequilíbrio da pessoa em todos os estados enfermiços.

A sensação de cabeça vaga pode ter diversas causas, considere a possibilidade de acompanhamento médico e/ou psicológico, caso ainda não tenha feito. Sobretudo, você menciona ser ansiosa. Em relação à prática mediúnica, não é de se esperar essa sensação. A prática mediúnica espírita equilibrada, num grupo sério, onde se estuda, onde o médium não exceda suas possibilidades, uma vez na semana, e busca o exercício do bem, leva o médium a uma harmonia mental e emocional. Ou seja, é o contrário do que você descreve. É bom pesquisar com atenção as causas das sensações que relata. Embora isso, faça preces diárias, reserve um momento no dia para leituras amenas, relativas ao evangelho de Jesus, busque asserenar a mente com imagens elevadas. Receba o passe, mesmo à distância dos aplicadores de passe do Centro Espírita que frequenta. Tudo isso te fortalecerá e sua mente se manterá em harmonia. Quanto a ser melhor, isso se consegue dia a dia, sem excesso de exigências pessoais, já que é o objetivo de nossa existência.

A oração, a meditação, os exercícios respiratórios, a água fluidificada e o passe são excelentes repositórios de energia. Chegando em casa, após um dia estafante, busque um breve recolhimento, leia uma página evangélica, faça visualizações ou mentalizações positivas, busque se desligar dos problemas, imagine-se um lugares agradáveis, serenos e faça uma prece. Nesses momentos evite perder a consciência ou mesmo desdobramento, se isso for inerente a você. Mantenha a mente sempre alegre e otimista. Peça confiante a Jesus e aos benfeitores espirituais o auxílio em sua recomposição e você retornará ao equilíbrio. Basicamente é essa a orientação dada por Emmanuel no livro “Caminho, verdade e vida”, cap. Na meditação, psicografado por Chico Xavier.

Agradecemos seu relato. O médium pode ter as sensações que você descreveu, sobretudo no dia da reunião mediúnica ou mesmo de estudos. Você fez o correto, buscou orientação médica e perseverou no estudo. Com o tempo você saberá o que é físico e o que não é, sempre com base no bom senso.

A mediunidade é um sentido ou faculdade neutra não é causa de nenhuma de doença física ou de transtorno mental. No entanto, se a mente está debilitada ou enfraquecida, ou mesmo o cérebro apresentar alguma disfunção, o indivíduo fica mais suscetível a influenciações negativas, sobretudo se tiver inimigos desencarnados desta ou de outra existência ou se o meio em que vive propicia o assédio perturbador. Para todo enfermo, ao lado dos medicamentos indicados ou terapias profissionais, deve-se envolve-lo num ambiente de tranquilidade, de carinho, de oração, de leitura diária de uma página que explane o Evangelho de Jesus, o passe e a água fluidificada. Tudo isso enseja o reequilíbrio e protege de assédios espirituais negativos.

Todos somos médiuns, ostensivos ou não, pela própria definição de Allan Kardec. Em sendo assim todas as pessoas portadoras de transtornos mentais são médiuns, o que não quer dizer que seja a mediunidade das quais são portadores que lhes tenha causado o comprometimento mental. A mediunidade não causa doença ou tecnicamente falando transtorno mental. No entanto, é certo que uma pessoa portadora de transtorno mental, dependendo do tipo e gravidade, não exercerá com segurança a prática mediúnica, pois o cérebro ou suas funções comprometidas impedem a perfeita sintonia.

Para um portador de transtorno mental participar de um reunião mediúnica deve ser avaliado o tipo de transtorno e o comprometimento que lhe causar o uso dos medicamentos. Transtorno mental é um termo que abrange um espectro de comprometimentos cognitivos, afetivos, familiares, pessoais, sociais e psicomotores muito amplos A ansiedade, por exemplo, pode ser considerado um transtorno mental e, dependendo do grau, poderá ou não impedir que o médium participe de uma reunião mediúnica. A esquizofrenia já é mais limitante. Um mesmo medicamento psicotrópico numa pessoa poderá causar reações que a impedirá a frequência na reunião mediúnica, já em outra terá efeitos benéficos que até melhorarão seu desempenho mental e emocional. A questão deve ser analisada caso a caso. O cérebro pode ser comparado a um piano, se estiver desafinado, o melhor dos pianistas nada poderá produzir. Essa avaliação deve ser feita.