Perguntas e Respostas

Mediunidade de Efeitos Físicos

Perguntas elaboradas pelos participantes do grupo Telegram @febtv_mediuns, referente à série apresentada por Jacobson Sant’ana Trovão “Estudando O Livro dos Médiuns”, canal da FEBtv no YouTube, e respondidas por uma equipe de estudiosos do tema.

Vedada a reprodução, finalidade meramente de estudo da mediunidade à luz do espiritismo.

O ectoplasma pode ser manipulado por Espíritos inferiores para ação no mundo físico. Não temos referência da ação Espíritos sobre insetos na literatura espírita. Contudo, o ectoplasma pude ser usado, em casos raros, para a levitação de objetos e pessoas. No entanto, antes de cogitarmos da ação de um Espírito em qualquer situação, devemos nos assegurar quanto a ocorrência de fatores naturais, para não sermos levados pela imaginação.

O fluido vital doado será mais ou menos intenso conforme a possibilidade do médium. Existem médium em que o fluido magnético animalizado ou ectoplasma é mais abundante e pode ser liberado em quota maior que outros, dependendo do preparo que o médium recebeu antes de reencarnar, para tarefa específica junto ao exercício da mediunidade de cura ou para a produção de fenômenos de efeitos físicos. E sobre a alimentação, recordemos que tudo o que inoculamos no organismo físico, transubstancia-se em energia, após processos metabólicos que reduzem o alimento a moléculas perfeitamente integráveis ao perispírito, afetando a mente, e dessa forma alterando a natureza dos fluidos doados pelo médium. Os tóxicos em geral, lícitos ou não, os excessos alimentares são fatores de violação da pureza dos fluidos emanados do médium.

Desde o início das manifestações espirituais já ocorriam as psicografias e as psicofonias, Kardec registra bem isso em “Revista Espírita”. Mas, os fenômenos de efeitos físicos chamaram a atenção dos pesquisadores, por serem excepcionais. Naturalmente que a psicografia, após a fase inicial se projetou pela possibilidade de registro da mensagem mediúnica. Na atualidade, vemos que a psicofonia se sobrepõem, pelo que se percebe, em função do uso de tal faculdade para socorro de enfermos desencarnados.

Para o controle dos fenômenos de efeitos físicos perturbadores Allan Kardec sempre orientava a prece, visando o amparo de benfeitores espirituais; a reforma moral dos que estão sofrendo a importunação obsessiva, pois nenhuma obsessão ocorre sem uma causa ligada ao comportamento ou ao pensamento dos encarnados envolvidos; e o esclarecimento em reunião mediúnica do desencarnado, quando possível.

Um Espírito comunicante pode materializar mãos que podem ser vistas e serem capazes de tocar as pessoas presentes na sessão mediúnica. Quanto à possiblidade de matar uma pessoa, em reunião de materialização, tal ação seria impedida por Espíritos Superiores que cuidam dos desígnios de Deus. No entanto, não se deve lidar com Espíritos inferiores, pois, encontrando um médium em desequilíbrio, podem causar grandes perturbações, tais como jogar objetos, quebrar móveis, chegando a induzir almas frágeis e invigilantes, com eles acumpliciados, à desencarnação pelo suicídio ou pelo enfraquecimento, ao longo de um tempo, dos órgãos do corpo físico.

Ainda não apresentamos o mecanismo para a movimentação das mesas girantes, teremos outros programas sobre o assunto. Kardec vai explicar os desdobramentos do fenômeno em capitulo posterior. Mas, adiantando a resposta e de forma simplificada, o movimento se dá pela combinação do fluido animalizado do médium, hoje chamado de ectoplasma, e o fluido cósmico universal acumulado pelo Espírito. A ação é pelo pensamento do Espírito. O fenômeno ainda é possível, mas não aconselhável, já que tais movimentos são provocados por Espíritos inferiores, muitos nem sempre maus, mas sem elevação, outros, malévolos, podem ser atraídos pela experimentação e criar graves perturbações espirituais.

O seu relato é uma ação dos Espíritos sobre a matéria. O toque decorre de momentâneas materializações de desencarnados. O arrepio é uma assimilação sua dos fluidos de uma entidade ou de um ambiente. Segundo André Luiz os fluidos e pensamentos nos penetram pelos poros, podendo eriçar os pelos. É a sensação do arrepio.

Existem relatos de médiuns que por doarem excessivamente fluido ectoplasmático sentem esgotamento, e com isso um mal estar passageiro. Mas, em uma reunião mediúnica séria, amparada por benfeitores espirituais, existe a devida reposição de energia. É necessário estudar a natureza do mal estar, se realmente decorre de doação fluídica, pois num ambiente controlado não há motivo para tanto, ainda mais sendo a pessoa apenas visitante na reunião. O médium visitante não terá participação direta na reunião, ou se os bons Espíritos se utilizarem das forças dos presentes, haverão de repô-las. Algumas perguntas devem ser respondidas, para clareamento do fato, como por exemplo: O ambiente é realmente equilibrado por forças benéficas? O visitante foi devidamente esclarecido quanto ao seu comportamento na reunião? Ele já sentiu tal mal estar noutras ocasiões como essas? Qual o propósito da visita? De posse de tais informações pode-se avaliar a origem no mal estar. Se a pessoa teve mal estar pode ser decorrente de seu próprio psiquismo e não por ter sido utilizado mediúnicamente, sem o saber, por amigos espirituais. Pensemos que os benfeitores espirituais bem compreendem a posição do visitante, não se espera, pois, que ocorra nenhum transtorno com a presença eventual deles.

Nos temos excelentes explicações sobre desdobramento e efeitos físicos no livro “Nos domínios da mediunidade” e em “A Gênese”, consulte também a “Revista Espírita.” Seguindo com suas perguntas:

1. Os médiuns de ou para efeitos físicos se prestam a materialiações de Espíritos e o médium de cura para a recuperação da saúde do enfermo;
2. Sim, existem odores decorrente de fluidos liberados pelo médium de efeitos físicos;
3. O médium em desdobramento não doa mais nem menos fluidos que outros, já que tal possibilidade decorre da mediunidade em si e não no modo de sua manifestação;
4. O médium não é obrigado a exercitar a mediunidade prática, mas deve canalizar suas energias para a realização do bem, pois energias estagnadas podem causar enfermidade;
5. Os alimentos podem afetar a doação de fluidos, tanto pela quantidade quanto pela qualidade;
6. Os Espíritos podem retiram fluidos do médium, se inferiores para seus prazeres, como no caso do vampirismo estudado por André Luiz, já os benfeitores espirituais para promoverem curas , por exemplo. Isso dentro das leis da afinidade e sintonia. A oração e o pensamento reto impedem a ação de Espíritos perturbadores junto do médium e a consequente perda de energia.