Sua preocupação é pertinente, pois se faz necessário que o grupo alcance um campo mental ideal para melhores resultados do que se pretende. Embora sua reunião não se destine à desobsessão, o que segue abaixo, extraído da obra Estudando a desobsessão, da lavra de nosso estimado Waldehir Bezerra de Almeida, publicado pela FEB, é bastante pertinente:

– No dia da reunião, em meio a suas atividades profissionais, manter a vigilância quanto a assuntos deprimentes ou maledicentes.

– Se tiver condições, durante o horário de almoço, dê continuidade à leitura de alguma obra espírita, ou leia mensagens de elevado teor.

– No percurso para a Casa Espírita, se possível, busque seguir ouvindo músicas adequadas para meditação ou palestras espíritas, que muitos contribuirão para você enfrentar o trânsito engarrafado pacientemente.

– Se a parada for longa, leia uma mensagem e reflita sobre ela.

– Assim estará se livrando da irritação, construindo a tranquilidade mental tão necessária à tarefa que vai executar dentro de alguns minutos.

– Finalmente, não será a azáfama e o cansaço do trabalho que tornarão você impossibilitado de servir na Seara do Mestre.

Ao nosso ver, não existe essa necessidade de se anotar em papel nomes e problemas das pessoas a quem dirigimos nossas preces, pois os bons Espíritos, cumpridores vontade de nosso Pai Celestial, anotam o pedido pelo nosso pensamento. Quando se ora para alguém é como se fizéssemos uma chamada telefônica, que é captada no plano espiritual por aparelhos muito superiores aos da Terra ou pela mente das entidades elevadas. Veja que mesmo entre nós o papel já está perdendo o uso, em função das novas tecnologias, muito mais avançadas no plano dos Espíritos. Eles não precisam olhar papeis, captam nossos pensamentos. Aliás, devemos evitar fichas ou anotações de pessoas, que podem ficar constrangidas ou mesmo se sentirem expostas com a divulgação de seus nomes.

Pode-se orar sem anotar nomes em papeis. Lembremos que a linguagem universal é a do pensamento. Os Espíritos elevados tem a possibilidade de registrar nossos pensamentos com a maior naturalidade. Basta sintonizar e orar com fé, pois a captação psíquica dos mentores ou os aparelhos que são portadores registrarão os pedidos intercessórios. Hoje com a aparelhagem eletrônica disponível, entendemos muito bem que o papel é desnecessário para registar uma informação. Ontem a carta de papel, hoje a mensagem e a imagem é instantânea e sem fios, atravessando continentes. No plano espiritual a aparelhagem é muito superior à nossa e são capazes de captar pensamentos, inclusive evitando o esforço dos Espíritos em se sintonizarem mentalmente com grande número de pessoas.

Toda ação do médium é medianínica. Allan Kardec, em “O livro dos médiuns”, item 236, anotando uma instrução do Espírito Erasto, temos:

“Sabeis que tiramos do cérebro do médium os elementos necessários a dar ao nosso pensamento uma forma que vos seja sensível e apreensível; é com o auxílio dos materiais que possui, que o médium traduz o nosso pensamento em linguagem comum.”

Ao dizer isso, Erasto afirma que o pensamento é o Espírito, parte mediúnica do fenômeno, mas as palavras, o modo de se expressar é o contributo do médium, ou parte anímica do fenômeno. Daí dizer-se “medianímico”. Portanto, a irradiação mental é uma atividade medianímica, pois o médium impulsiona os fluidos pela vontade, doando de si a benefício do próximo e os Espíritos se utilizam desses fluidos animalizados, mesclando com os fluidos espirituais, direcionando-o à cura.