Quando nos libertamos parcialmente do corpo, durante o sono, temos a oportunidade de visitar locais bem diferentes dos que conhecemos aqui na terra. São colônias espirituais, algumas em melhores condições que o nosso plano, outras em piores. Há um livro muito interessante que narra as experiências da médium Yvone do Amaral Pereira no Plano espiritual (Devassando o invisível, editado pela FEB), onde você encontrará respostas para suas dúvidas e muito aprenderá com o fenômeno das viagens noturnas durante o sono.

Tal fenômeno pode acontecer, principalmente se o sonho diz respeito a um empreendimento qualquer a ser materializado na Terra. Acontece, às vezes, quando estamos envolvidos com um determinado empreendimento de encontrarmos alguém que demonstra interesse pelo mesmo e passa a colaborar com ele. É possível que seja alguém que, em sonho, se comprometeu em nos ajudar.

Quando dormimos, o Espírito se desprende parcialmente do corpo físico e passa a atuar no Mundo espiritual, convivendo com outros espíritos e atuando naquilo que gosta. O sonho pode ser, também, a recordação de vidas passadas. Muitas vezes, ao acordar, nos lembramos total ou parcialmente do sonho ou não lembramos nada, embora tenhamos a sensação de ter sonhado. Como enfermeira, não temos dúvidas de que à noite você poderá manter-se ativa em algum setor do mundo invisível ou mesmo em hospitais do Plano material. Quanto aos nossos interesses durante o sono, o Espírito André Luiz nos ensina: “O homem do campo, no repouso físico, supera os fenômenos hipnagógicos e volta à gleba que semeou, contemplando aí, em Espírito, a plantação que lhe recolhe o carinho; o artista regressa à obra a que se consagra, mentalizando-lhe o aprimoramento; o espírito maternal se aconchega ao pé dos filhinhos que a vida lhe confia, e o delinquente retorna ao lugar onde se encarcera a dor do seu arrependimento.” (Mecanismos da mediunidade. Psicografia de Chico Xavier e Waldo vieira. Cap. 21 – Desdobramento. Edição FEB). Você como enfermeira, naturalmente vai se interessar em visitar hospitais e cooperar com o que sabe, com muito amor, também em hospitais do Mundo espiritual. Para maiores particularidades sobre o estado do Espírito durante o sono, O Livro dos Espíritos, publicado pela FEB, trad. de Evandro Noleto Bezerra, no cap. VIII: Da emancipação da alma -, lhe dará muitas informações para enriquecer seus conhecimentos a respeito. Quanto àqueles Espíritos que você vê dormindo, na obra Missionários da luz, do Espírito André Luiz, publicado pela FEB, cap. 22: os que dormem, talvez encontre a resposta para seu questionamento. Em O livro dos espíritos (FEB), Allan Kardec dedicou 19 questões (400 a 418) a respeito do sonho. Lá você poderá colher interessantes informações a respeito. Na obra O que é o espiritismo (FEB), no item O homem durante a vida terrena, q. 137, há informação sobre o sonho e, também, na Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. ano 8, n. 7, jul. 1865. Teoria dos sonhos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2015. Bons estudos.

Sim, isso acontece, pois nem sempre é bom relembrarmos tudo o que sonhamos. Em O livro dos espíritos (FEB), Allan Kardec dedicou 19 questões (400 a 418) a respeito do tema. Lá você poderá colher interessantes informações sobre o sonho. Também na obra O que é o espiritismo (FEB), no item O homem durante a vida terrena, q. 137. Eis o que lemos na Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. ano 8, n. 7, jul. 1865. Teoria dos sonhos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2015:

1º) Os sonhos provocados pela ação da matéria e dos sentidos sobre o Espírito, isto é, aqueles em que o organismo representa um papel preponderante pela união mais íntima entre o corpo e o Espírito. Deles nos lembramos claramente e, por pouco desenvolvida que seja a memória, conservamos uma impressão durável.

2º) Os sonhos que podem ser chamados mistos. Participam ao mesmo tempo da matéria e do Espírito. O desprendimento é mais completo. Deles nos lembramos ao acordar, para esquecer quase que instantaneamente, a menos que alguma particularidade venha despertar a sua lembrança.

3º) Os sonhos etéreos ou puramente espirituais. São produzidos apenas pelo Espírito, que está desprendido da matéria, tanto quanto o pode estar durante a vida do corpo. “Deles não nos recordamos”; ou, se restasse uma vaga lembrança do que sonhamos, nenhuma circunstância poderia trazer à memória os incidentes do sono.

Sugerimos a leitura do livro Missionários da luz, do Espírito André Luiz, publicado pela FEB. No capítulo 8: No plano dos sonhos, você colherá importantes informações sobre o sonho.

Os encontros entre encarnados e desencarnados enquanto dormimos é perfeitamente natural, e as lembranças que temos desses encontros nós chamamos de sonho.

Sonhar é um fenômeno psíquico-espiritual atinente a todos nós. Na condição de Espírito reencarnado, durante o sono nos desprendemos parcialmente do corpo e temos a oportunidade de convivência com outros semelhantes na esfera espiritual ou construir, com a força do pensamento, no fluido cósmico, cenas da vida diária de ideias que tenazmente marcam a nossa mente e que, ao despertar, surgirão para nós, na grande maioria das vezes, de forma simbólica, criando dificuldades para interpretar o que realmente aconteceu.

Não passaria em branco para o Codificador o fenômeno dos sonhos, pois seu interesse foi o de sempre demonstrar que o homem tem sua origem no Plano Espiritual e a ele estará sempre conectado e recebendo suas influências. Em “O livro dos espíritos” (FEB) dedicou 19 questões (400 a 418) a respeito do tema: em “O que é o espiritismo” (FEB), fala dele no capítulo 3 – Solução de alguns problemas pela Doutrina Espírita e, em “O livro dos médiuns” (FEB) (item 112), diz que a causa dos sonhos nunca a Ciência a explicou, atribuindo-o a um efeito da imaginação. Diante das afirmações enganosas do conhecimento científico de então a respeito de tão significativo tema, o prof. Rivail assim se expressou, na Revista Espírita:

“É realmente estranho que um fenômeno tão vulgar quanto o dos sonhos tenha sido objeto de tanta indiferença da parte da Ciência, e que ainda se esteja a perguntar a causa dessas visões. Dizer que são produtos da imaginação não é resolver a questão; é uma dessas palavras com o auxílio da qual querem explicar o que não compreendem e que nada explicam. […] Se os sonhos ainda são um mistério para a Ciência, é que ela se obstinou em fechar os olhos para a causa espiritual.” (Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. ano 8, n. 7, jul. 1865. Teoria dos sonhos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2015.)

Esperamos que com essas leituras a irmã compreenda melhor o que lhe aconteceu durante o sono noturno.

Efetivamente Francisco de Assis ao orar e meditar entrava em êxtase, nesses instantes sua alma sublimada alçava plano espirituais elevadíssimos. Quanto ao fenômeno nominado de estigmas, relatado em diversas biografias, não temos elementos para apreciação.

Pode ser vidência. Mas, durante a meditação ou após ela, busque o autocontrole mental, desviando pensamento das imagens, não valorizando-as, pois a meditação visa manter o indivíduo alerta psiquicamente e em domínio dos pensamentos, evitando a passividade mediúnica. Mantenha-se em oração, estudo e pensamento reto. Existem visões que são alimentadas pela nossa imaginação, pela percepção do pensamento de desencarnados, de encarnados ou decorrente de enfermidades físicas ou mentais. Convém avaliar e buscar o melhor encaminhamento, para evitar o medo ou as influências perturbadoras. Existem visões espontâneas, que fogem do desejo do médium, decorrem de suas possibilidades psíquicas, nesse caso, não dê longa atenção, para não se sintonizar indevidamente e em momento inapropriado. Oração, estudo, trabalho no bem, são fatores de proteção do médium.

Os Espíritos revelaram a Allan Kardec, em “O livro dos espíritos” (FEB), questão n. 407, que no estado de pré-sono, ou madorra (modorra), ou estágio “acordado” até o estágio do sono, a alma pode se afastar do corpo, ou emancipar-se. Nessa condição capta psiquicamente aspectos do plano espiritual e os transmite ao cérebro físico. Pode ser uma visão nítida ou não. Real ou imagem criada no ambiente pelo pensamento de um Espírito, elevado ou não. A emancipação completa dá-se pelo sono. Se sua irmã estava em atividade e não estava dormindo, obviamente ela não estava fora do corpo físico. Então não se deu um encontro entre duas almas encarnadas, ocorrência muito comum. Podemos afirmar o que não ocorreu. O que ocorreu fica mais difícil de afirmar, pode ter sido uma manifestação de seu psiquismo, decorrente de uma percepção de imagens mentais arquivadas em seu subconsciente momentaneamente projetadas em seu cérebro, fato que se dá no chamado aminismo, ou uma visão distorcida de sua irmã à distância. Mas, não temos como afirmar. Seria o caso de você observar e analisar nossas ocorrências como essa.

Pelo que descreve, tais percepções, ao que parece, não decorrem de sonho imaginário, podem ser desdobramento. Se assim for, você ainda tem a possibilidade de se desdobrar, e pode ser que isso ocorra com muita frequência, só que agora, mais amadurecido, não ocorrem lembranças tão nítidas. Siga estudando, a perseverança ajudará você a compreender melhor seus potenciais psíquicos, tirar o medo, e a fazer um bom uso dessa faculdade medianímica, a benefício próprio e do próximo.

Quando nos recordamos de um amigo já desencarnado, devemos incluí-lo em nossas orações. A prece sincera e fervorosa é um grande alento aos desencarnados, independente de estarem ou não carentes de algum auxílio.