A medida que melhor nos preparamos moral e intelectualmente, a Espiritualidade superior aproveita os recursos conquistados, pois há tarefas no Plano espiritual que o médium encarnado e desdobrado é mais apropriado para executá-las. As regiões que você descreve são as semelhantes descritas pelo Espírito Manoel Ph. de Miranda em seu livro No rumo do mundo de regeneração, psicografado pelo médium Divaldo P. Franco e editado pela LEAL. No cap. 15: A cidade da justiça. O Espírito relata: “O pandemônio era chocante, e as aberrações, inimagináveis, praticadas em toda parte, num espetáculo deprimente e nauseante. As exsudações pútridas infestam tudo e era necessário um bom controle mental de nossa parte, a fim de permanecermos seguindo ao objetivo que ali nos levara.” (Grifo nosso). A leitura do referido livro, como todos os outros do mesmo autor espiritual, lhe será muito útil. Dessa forma, não alimente o medo, pois se o indivíduo é levado a tais ambientes, se é isso que tem ocorrido como relatado na pergunta, é porque o médium tem condições psiquicas para ali estar. E nunca está sozinho. Mesmo que não veja, está sempre ladeado por amigos espirituais. É sempre útil o médium orar antes de dormir, e às vezes, pedir para não se recordar das vivências extracorpóreas, se isso lhe for permitido. Os amigos espirituais sempre ouvem e é comum atenderem a essa solicitação.

Os médiuns encarnados são convocados pelos Espíritos superiores para colaborarem no processo desobsessivo durante o sono, no Mundo espiritual. A sensação descrita por diversos médiuns é a de que se sentem em plena reunião mediúnica, embora muitos relatem ambientes diversos. As obras do Espírito Manoel Ph. de Miranda sempre narram esses acontecimentos. O último: “No rumo do mundo de regeneração”, você vai encontrar muitas dessas reuniões, onde a médium encarnada Malvina colabora com a equipe espiritual durante a madrugada. Quanto aos animais diferentes, nos informa a mesma entidade que os Espíritos inferiores se apresentam com formas as mais diversas possíveis, objetivando assustar os que deles se aproximam. A oração sincera e sentida, antes de dormir e em outro qualquer momento é o que nos orientam os Espíritos. O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, editado pela FEB, no seu capítulo 28, é de muita ajuda para bem nos orientar sobre a prece. Quanto a anotar o sonho, isso será da escolha do indivíduo, com destaque para se evitar registros negativos ou que não tenham uma finalidade útil, para que não se permaneça fixado numa imagem perturbadora. A propósito da ida a outros planetas, devemos observar que tal ocorrência é por vezes impossível, dada a condição inferior dos habitantes da Terra, sejam encarnados ou desencarnados, excessão feita aos Espíritos elevados. Às vezes o médium vai a certas colônias espirituais e pode atribuir a um outro planeta. Cuidemos sempre, como estudantes da verdade, para evitar os excessos de imaginação, que podem prejudicar-nos induzindo-nos às influências de Espíritos mistificadores.

É possível que o medo de um sonho ruim, crise de ansiedade, eventual má digestão, preocupação excessiva com o amanhã, dentre outros fatores, possam afetar o sono natural e provocar a insônia. A insônia sempre foi um desafio para a ciência. Não temos informações que venha ser uma fuga ao desdobramento. O desdobramento é um termo que usa como fenômeno psíquico de emancipação da alma, ou afastamento da alma do corpo físico, que pode ocorrer em sessão mediúnica ou mesmo fora dela, provocada Espíritos que induzem o médium a um sono hipnótico, irresistível na maioria das vezes. Não se relaciona com insônia, como ausência da ocorrência do sono natural. O desdobramento natural é o que ocorre quando o indivíduo dorme. Durante o sono natural a alma se afasta do corpo também, mas isso decorre da fisiologia orgânica e não por hipnose procedida por desencarnados. A este tipo de sono é mais fácil resistir.

Não podemos desconhecer que sensações genésicas, de natureza fisiológica, são capazes de impulsionar os sonhos. No entanto, contato entre encarnados e desencarnados pode se degenerar em perturbações obsessivas de ordens variadas. O tema merece desdobramentos que não seria possível adentrar, especificamente sobre a experiência narrada, dada a subjetividade das sensações e percepções que são individuais. Sugerimos a leitura do livro “Sexo e obsessão” do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografado pelo médium Divaldo P. Franco e editado pela LEAL, que poderá conduzi-la(o) a mais amplas explicações.

Sonhar é um fenômeno psíquico-espiritual atinente a todos nós. Na condição de Espírito reencarnado, durante o sono nos desprendemos parcialmente do corpo e temos a oportunidade de convivência com outros semelhantes na esfera espiritual, muitas vezes conhecidos de encarnações passadas. Não passaria em branco para o Codificador o fenômeno dos sonhos, pois seu interesse foi o de sempre demonstrar que o homem tem sua origem no Plano Espiritual e a ele estará sempre conectado e recebendo suas influências. Em “O livro dos espíritos” (FEB) dedicou 19 questões (400 a 418) a respeito do tema: em “O que é o espiritismo” (FEB), fala dele no capítulo 3 – Solução de alguns problemas pela Doutrina Espírita e, em “O livro dos médiuns” (FEB) (item 112), diz que a causa dos sonhos nunca a Ciência a explicou, atribuindo-o a um efeito da imaginação. Diante das afirmações enganosas do conhecimento científico de então a respeito de tão significativo tema, o prof. Rivail assim se expressou, na Revista Espírita:

“É realmente estranho que um fenômeno tão vulgar quanto o dos sonhos tenha sido objeto de tanta indiferença da parte da Ciência, e que ainda se esteja a perguntar a causa dessas visões. Dizer que são produtos da imaginação não é resolver a questão; é uma dessas palavras com o auxílio da qual querem explicar o que não compreendem e que nada explicam. […] Se os sonhos ainda são um mistério para a Ciência, é que ela se obstinou em fechar os olhos para a causa espiritual.” (Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. ano 8, n. 7, jul. 1865. Teoria dos sonhos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2015.) Na dimensão espiritual temos muitos amigos, decorrente das diversas reencarnações que tivemos e não nos damos conta disso.

O sonho é a lembrança de fatos acontecidos durante o sono, quando nos desprendemos parcialmente do corpo. Durante o sono é possível nos encontrarmos com espíritos dessa e de outras vidas. Para mais informações sugerimos a leitura sobre o tema em O livro dos espíritos (FEB). Nele Allan Kardec dedicou 19 . (400 a 418) a respeito do tema. Lá você poderá colher interessantes informações sobre o sonho. Também na obra O que é o espiritismo (FEB), no item O homem durante a vida terrena, q. 137

A prece intercessória é sempre de grande valia, tanto para os encarnados quanto para os desencarnados. Não importa o tempo em que desencarnou do ente querido. Ele sempre se sentirá feliz por ser lembrado. Se já tiver reencarnado receberá as vibrações carinhosas enviadas pelos seus entes queridos da mesma forma. Quanto à reencarnação de Joanna de Ângelis, somente nos foi revelado pelo Divaldo Franco que ela reencarnaria a partir dos anos 20(vinte)… Sem dúvida que ela deixou uma equipe espiritual encarregada de continuar atendendo aos que lhe pedissem socorro, em especial às instituições das quais ela é a mentora. Não fosse assim, as casas espíritas cujos mentores são André Luiz, Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, estariam sem suas proteções.

Se você tem lembrança do que aconteceu e acorda com boa sensação é sinal de que cooperou com a Espiritualidade no Plano invisível. Isso é comum e muito médiuns confessam esse acontecimento. Se a intenção da Espiritualidade fosse a de não alimentar o orgulho em você, não permitiria que se lembrasse do sonho.

Quando dormimos, o Espírito se desprende parcialmente do corpo físico e passa a atuar no Mundo espiritual, convivendo com outros espíritos e atuando naquilo que gosta. O sonho pode ser, também, a recordação de vidas passadas e também de preocupações do dia. Muitas vezes, ao acordar, nos lembramos total ou parcialmente do sonho ou não lembramos nada, embora tenhamos a sensação de ter sonhado. O sonho tem muito a ver com o que fazemos. Também com os nossos recalques, isto é, com o gostaríamos de fazer, mas não fazemos por que seja contrário à nossa condição social e religiosa, principalmente. Quanto aos temas dos nossos sonhos, o Espírito André Luiz nos ensina: “O homem do campo, no repouso físico, supera os fenômenos hipnagógicos e volta à gleba que semeou, contemplando aí, em Espírito, a plantação que lhe recolhe o carinho; o artista regressa à obra a que se consagra, mentalizando-lhe o aprimoramento; o espírito maternal se aconchega ao pé dos filhinhos que a vida lhe confia, e o delinquente retorna ao lugar onde se encarcera a dor do seu arrependimento.” (Mecanismos da mediunidade. Psicografia de Chico Xavier e Waldo vieira. Cap. 21 – Desdobramento. Edição FEB). Em O livro dos espíritos (FEB), Allan Kardec dedicou 19 questões (400 a 418) a respeito do sonho. Lá você poderá colher interessantes informações a respeito. Na Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. ano 8, n. 7, jul. 1865. Teoria dos sonhos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2015. Bons estudos.

Quando o Espírito comunicante assume parcialmente o corpo do médium, pelo pensamento, o Espírito deste poderá permanecer próximo ou dele se afastar. É comum isso acontecer em se tratando de médium sonambúlico, conhecido popularmente como médium inconsciente. No livro Psicofonia na obra de André Luiz, editado pela FEB, no cap. 38 – Sonambulismo e Psicofonia sonambúlica, você encontrará mais esclarecimentos a respeito.