O tema “elementais” como popularmente difundido, tem no Espiritismo a compreensão de que são Espíritos em fase evolutiva que antecede a nossa. Allan Kardec trata da questão na Revista Espírita de 1858 ao falar dos “Duendes” buscando superar a ideia do maravilhoso e o do fantástico, visando superar as alegorias dos mitos regionais. Em “O Livro dos Espíritos” questão n. 540, menciona, ao analisar a categoria dos Espíritos que atuam nos fenômenos da natureza: “Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, de que inconscientemente se constituem os agentes. Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material. Depois, poderão dirigir as do mundo moral.”

A palavra “elemental” é mais afeta aos círculos esotéricos e teosóficos, referindo-se ao seres ligados à natureza, quais duendes, silfos, e outros. No Espiritismos o tema é estudado por Allan Kardec que ao indagar os Espíritos superiores em “O livro dos espíritos” sobre os fenômenos da natureza, questão 540, obtém, a certa altura da resposta, a seguinte informação: “os Espíritos mais atrasados oferecem utilidade ao conjunto. Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, de que inconscientemente se constituem os agentes. Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material. Depois, poderão dirigir as do mundo moral. É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo.” Conclui-se, pois, pela existência de Espíritos de ordens inferiores à hominal, mas que um dia avançarão para estágios superiores. Têm o livre-arbítrio limitado à sua possibilidade de ação. E seu corpo perispiritual, formado de partes mais densas do fluido cósmico universal, evolverá para as faixas superiores da vida, na medida de seu progresso espiritual. Nesse sentido, André Luiz, no livro “Evolução em dois mundos” , cap. 4, tratando da evolução humana, afirma: “[…] nos milhares de milênios em que o princípio espiritual atravessa lentamente os círculos elementares da Natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar-se no indivíduo humano, em trânsito para a maturação sublimada no campo angélico.”