Toda reunião espírita que busca aplicar os princípios contidos em “O livro dos médiuns” é util e instrutiva. Se o fenômeno ocorre sob a supervisão de elevados benfeitores tem finalidade de aprendizado e socorro ao sofredor. Cabe ao grupo estudar e avaliar os fenômenos que ocorrem no transcurso da reunião mediúnica, com vistas a ajustar seu conceitos e procedimento aos orientados pelo elevados mensageiros, evitando opiniões pessoais, que, por mais valiosas que sejam, podem representar entendimento particular, diverso da universalidade do ensino dos Espíritos superiores.

O desdobramento é um fenômeno medianímico, ou seja tem uma face ou etapa anímica e outra mediúnica. No momento em que alma do médium que se desprende o corpo para adentrar a dimensão espiritual temos o aspecto anímico, é a alma que vê e interpreta segundo suas possibilidades, os eventos do plano espiritual; quando passa a relatar o que vê ou mesmo a transmitir o pensamento dos Espíritos, temos o aspecto mediúnico.

O chamado desdobramento é uma forma de exteriorização do Espírito, ou seja o afastamento do alma do corpo. Assim o médium deve estar sob letargia, não sendo possível no estado de vigília. Muitos médiuns relatam ter lembrança do evento e para onde se deslocaram. Tal lembrança não significa que o médium esteja acordado e sim que houve o registro no cérebro físico das percepções do cérebro espiritual.

O chamado desdobramento é um fenômeno de exteriorização do ser humano, ou seja, o afastamento da alma do corpo provocado por Espíritos ou expontâneo. Na reunião mediúnica esse afastamento da alma do corpo ocorre mediante um hipnose provocada pelo dirigentes espirituais da sessão, se espontâneo ocorre o adormecimento do médium, mediante sono natural. Nesses estados de emancipação da alma pode visitar lugares no plano físico ou no espiritual, encontrar pessoas encarnadas ou desencarnada e em alguns casos pode se visto por outras pessoas, na condição de aparição.

Me desculpe, não percebemos que a pergunta se refere a fato mediúnico ocorrido em reunião mediúnica. Nesse caso deduzimos que decorre de sua aptidão mediúnica. Sempre informe ao grupo quando está percebendo que ocorrerá o desdobramento, para que você tenha o apoio necessário e não ficar muito desgastada. E Yvonne A. Pereira é a que faz os mais elucidativos estudos sobre o tema.

No desdobramento, que é uma exteriorização da alma, podemos ser levados por Espíritos a lugares ou sermos atraídos a lugares conforme a nossa tendência. Para sermos instrumentos adequados aos bons Espíritos e com eles colaborar é necessário preparo. Estudo, perseverança, transformação moral, equilíbrio da mente e do corpo, são alguns requisitos, podendo incluir a renúncia, a caridade e a humildade. Para melhor compreensão do assunto leia os livros “Devassando o invisível” e “Recordações da mediunidade” ambos de Yvonne do Amaral Pereira.

O desdobramento, como atividade mediúnica, deve ser sempre exercitada no Centro Espírita. É fato que todas as noites pelo sono nos afastamos do corpo em verdadeiro desdobramento. Pode ocorrer também de forma expontânea durante um sono diurno, a qualquer momento. Se o médium mantém-se em equilíbrio no dia a dia, se trabalha no bem, se estuda, não há nada a temer. Seu Espírito protetor dá a devida proteção e é quem o conduz onde for necessária a presença em espírito do médium. Se a reunião mediúnica é séria, também haverá o controle de entidades benéficas. Deve-se evitar provocar o desdobramento, pois o médium ficará sujeito a graves desequilíbrios obsessivos.