Perguntas e Respostas

Análise de Mensagens Mediúnicas

Perguntas elaboradas pelos participantes do grupo Telegram @febtv_mediuns, referente à série apresentada por Jacobson Sant’ana Trovão “Estudando O Livro dos Médiuns”, canal da FEBtv no YouTube, e respondidas por uma equipe de estudiosos do tema.

Vedada a reprodução, finalidade meramente de estudo da mediunidade à luz do espiritismo.

In: https://www.febnet.org.br/portal/2021/03/15/saude-curas-e-a-influencia-dos-espiritos/

“Foi-nos pedida a opinião, na visão espírita, sobre postagens pelas redes sociais com promessas de curas pelos Espíritos, as mais variadas. Curas para todas as mazelas humanas. Isso não é novidade em si, mas se acentuam em momentos de maior clamor social, qual atravessamos, pela pandemia Covid-19.

– A primeira questão a analisar: os Espíritos superiores têm poder para curar todas as doenças humanas?

A resposta é sim, pois são Espíritos com poder desconhecido no planeta, dirigem os destinos da humanidade, na verdade Jesus age em equipe, são os “Pais da Humanidade”, cumpridores da vontade de Deus, e a eles estamos todos subordinados;

– O segundo ponto: por que adoecemos? Caso de uma doença epidêmica ou devido a um distúrbio orgânico?

As epidemias decorrem da ausência de higiene, quando nos descuidamos e entramos em contato com os vírus, fungos e bactérias transmissíveis de pessoa a pessoa ou com lugares e coisas com sujidades que afetam o organismo; já as enfermidades que surgem de forma natural, devemos observar se a causa se deve ou não ao descuido do que ingerimos, ao desgaste por estresses, excessos de alimentos e de bebidas tóxicas ou, finalmente, por fatores reencarnatórios, que pedimos ou aceitamos antes de renascer para o reequilíbrio de nosso sentimento e da nossa mente. Para cada uma dessas causas de doenças existe um tratamento específico, com um retorno à saúde ou não, devido ao uso adequado de terapias médicas ou diante da possibilidade de alteração do que planejamos antes de encarnar, caso em que uma doença natural aparece no corpo físico como um tratamento para a alma;

– A terceira questão é: se os Espíritos superiores tem todo o poder, por que não curam todas as doenças?

E aí nos responde o Espírito Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro O consolador (FEB), questão 95:

“95 – Em face dos esforços da Medicina, como devemos considerar a saúde?

– Para o homem da Terra, a saúde pode significar o equilíbrio perfeito dos órgãos materiais; para o plano espiritual, todavia, a saúde é a perfeita harmonia da alma, para obtenção da qual, muitas vezes, há necessidade da contribuição preciosa das moléstias e deficiências transitórias da Terra.”

Assim, em nosso plano evolutivo, saúde é a perfeita harmonia da alma e a doença é o medicamento.

Allan Kardec falando sobre a identificação da categoria dos Espíritos e as perguntas que se podem fazer a Eles alerta, em O livro dos médiuns (FEB):

Item 267 (7): “Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom-senso, aponta a fraude, desde que o Espírito se dê por ser um Espírito esclarecido.”

Item 294 (28ª) “Podem os Espíritos guiar os homens nas pesquisas científicas e nas descobertas?

A ciência é obra do gênio; só deve ser adquirida pelo trabalho, pois é somente pelo trabalho que o homem se adianta no seu caminho. Que mérito teria ele, se não lhe bastasse senão interrogar os Espíritos para saber tudo? A esse preço, qualquer imbecil poderia tornar-se sábio. O mesmo se dá com as invenções e descobertas industriais. Além disso, ainda há outra consideração a fazer: cada coisa tem que vir a seu tempo e apenas quando as ideias estão maduras para a receber. Se o homem dispusesse esse poder, subverteria a ordem das coisas, fazendo que os frutos brotassem antes da estação própria.”

– Quarto ponto: por que razão algumas pessoas adoecem e outras não?

Um dia todos adoeceremos e voltaremos à nossa casa verdadeira, a vida espiritual. Contudo, alguns necessitam permanecer no corpo físico, dando continuidade à provas e expiações na Terra, outros darão prosseguimento à evolução fora do corpo físico, até nova reencarnação. Um dia sairemos do ciclo reencarnatonório, tornando-nos Espíritos puros;

– Quinta questão: como fica a medicina na Terra diante da luta pela saúde, os pesquisadores podem ser inspirados por Deus a benefício do homem?

A medicina é na Terra a misericórdia de Deus, que não lega o sofrimento sem recurso, e seguirá de progresso em progresso curando e aliviando doenças, sob a inspiração do Espíritos Superiores, que servem a Deus junto à humanidade. A medicina curando os corpos dará melhores condições evolutivas na Terra convidado os homens a rever seus valores e condutas para o progresso da humanidade. Os laboratórios científicos são templos de Deus, em que anjos e homens se unem a benefício do sofredor;

– Sexto: Dentro desse panorama, a intervenção dos Espíritos poderá criar uma vacina para a cura da Covid-19?

Sim, e o fazem inspirando os dedicados cientistas no caminho da solução da enfermidade e de outras que assolam o planeta, ceifando vidas e legando dores sem fim. Mas, os benevolentes mensageiros estão também presentes em todos os lares, num grande esforço mundial coordenado, pois não existe ninguém sem amparo de Deus e de Jesus. Eles, os amigos espirituais, diariamente aplicam passes, consolam os sofredores nas madrugadas com palavras de esclarecimento, reenergizam doentes, curam enfermidades, aumentam a força do sistema imunológico dos sadios e dos doentes, fluidificam águas que se tornam remédios sem a pessoa saber, acolhem os que deixam o corpo físico, levando os desencarnados a hospitais no plano espiritual para o reequilíbrio, e muito mais que não nos é revelado.

Vejamos que pessoas que chegaram à beira da morte, milagrosamente respondem ao tratamento e se curam, outros nem sintomas têm, alguns sintomas leves. O medicamento torna-se eficaz. É a ação da ciência em conjunto com os luminares da espiritualidade, com os quais devemos nos sintonizar. Agem sem alarde, sem nomes conhecidos, ocultos tudo fazem em nome de Deus. Se não curam em definitivo todos, é que a enfermidade pandêmica constitui-se num aprendizado coletivo, prova e expiação ao mesmo tempo, permitida por Deus, qual o professor que aplica uma prova ao final do ano para o acesso do aluno a ciclos mais elevados. Jesus está atento ao que se passa na Terra e está evidentemente tudo coordenando, sabendo que a dor sofrida hoje é o remédio para a alma imortal;

– Finalmente, como poderia se dar uma coordenação de Espíritos superiores sobre um atendimento do espiritual de forma preventiva e curativa?

Lembramos sempre do bondoso médico Dr. Bezerra de Menezes, juntamente com os Espíritos Superiores que estão, sem dúvida, dado seu amor pela humanidade, desde o início da pandemia ou até antes, socorrendo os doentes, estimulando o sistema imunológico das pessoas, orientando tratamentos médicos, neutralizando a virulência da Covid-19 nos hospitais, dando forças aos profissionais de saúde. Nenhum lar foi esquecido. Os Espíritos superiores não precisam das chamadas “correntes de internet”, ou horários para imunização ou que se fique nessa ou naquela posição, com ou sem panos e roupas para agirem. Isso porque o fluido curativo espiritual penetra pela cabeça e pelos poros da pele. Atravessam sem obstáculo roupas e paredes. O trabalho de socorro é permanente e não num dia e hora, como se estivessem sujeitos à normas humanas.

Tais orientações expressam desconhecimento do processo de intervenção dos Espíritos no mundo material. Promessas de cura e de imunização espiritual, qual uma vacina espiritual, denota a presença da intensão de iludir e manipular a fé ingênua das pessoas, o que é compatível com a ação de Espíritos inferiores e mistificadores. É preciso desenvolver a fé amadurecida ou com base no sentimento e na razão. Reduzir a ação dos Espíritos a uma suposta imunização é diminuir-lhes o Poder. Nenhum procedimento humano, que os subordine a regras e horários, é necessário a eles. A nossa fé tem de ser permanente e não em um dia, como um milagre.

Cumpre-nos colaborar com os Espíritos superiores, orando, mantendo a mente ocupada em sadias leituras, com alta cota a positividade, tendo solidariedade uns para com os outros, respeito às normas sanitárias, com paciência e lógica científica, confiança segura no amparo de Deus, fé e esperança. Sem desespero, medo ou revolta. É momento de asserenar a mente. A intranquilidade da mente e o desejo de retorno premeditado aos hábitos sociais perturba. Cuidemos para não sermos envolvidos nas soluções simplistas, verdadeiras fake news promovidas pelos inimigos da verdade que do mundo espiritual ao encontrarem pessoas amorosas, mas crédulas, as exploram, criando estados obsessivos e levando consigo levas de pessoas incautas. São cegos guiando cegos. Vigilância e oração, para não sermos presas dos falsos profetas do plano físico e espiritual. Agora é momento da certeza, sem nenhuma dúvida de que Jesus está nos amparando, que tudo passará, com nosso comportamento colaborativo com as determinações médicas e com nossa mente voltada a Deus.”

Jacobson Trovão, coordenador nacional da Área de Mediunidade do CFN/FEB, professor, escritor, palestrante.

Quando nos aproximamos de uma pessoa podemos sentir afinidade imediata, repulsão ou indiferença. Isso decorre da maior ou menor percepção dos fluidos perispirituais que formam a atmosfera fluídica em torno da pessoa, ou aura. A tal possibilidade perceptiva dá-se o nome de psicometria. A percepção psicométrica pode causar uma vidência, uma intuição, uma premonição, variando caso a caso. A afinidade ou simpatia decorre de ambos terem os mesmos interesses, desejos comuns ou mesmo um reencontro de almas que conviveram em vidas passadas. A antipatia advém do mesmo princípio. O programa 11 da série “Estudando O Livro dos Médiuns” trata do tema com maiores detalhes.

O melhor filtro de análise de mensagens mediúnicas consta do capítulo 24 de “O livro dos médiuns”. Kardec relaciona os critérios a serem considerados pelo analista. Será útil compulsar, já que o tema demanda larga apreciação e experiência. Quanto à correção gramatical de mensagem mediúnica, ela pode ser feita sem nenhum problema. Evitando-se alterar o pensamento do comunicante.

Você capta o ditado de um Espírito devido a sua condição de médium ostensivo. Isso se deve à preparação que recebeu antes de reencarnar. A maioria das pessoas pedem ou aceitam reencarnar como médiuns ostensivos para conquistarem o aprimoramento espiritual, por meio de provas e de expiações. Médiuns missionários existem, mas se constituem numa minoria. O médium não é um “escolhido”, um “eleito”, alguém que detenha um “privilégio”. É pessoa comum, com imperfeições morais a serem sublimadas. Os bons conselhos que recebe vêm de amigos ou protetores espirituais que desejam estimular o médium a ser cada dia melhor. Para se saber a condição do Espírito comunicante, se é de ordem elevada ou não, basta verificar se o conselho leva ao bem ou ao mal. Conduzindo ao bem, será um bom Espírito, caso contrário não. Quanto a escrever o que lhe vem à mente, como um registro de memórias, não existe inconveniente. O escritor é sempre inspirado. O que não é aconselhável é a psicografia em casa, pois nessa condição o médium está em transe, o que lhe confere um estado de vulnerabilidade, e se não detém amadurecimento suficiente para a tarefa, conhecimento para identificar a natureza dos Espíritos, estudo, experiência, disciplina, equilíbrio moral, requisitos que se conquista com o tempo e estar ligado a um grupo sério de estudo e prática da mediunidade em um Centro Espírita, será alvo fácil para Espíritos mistificadores, que podem conduzi-lo a uma ilusão, a uma fascinação. Se ao anotar os ditados referidos você se sentir num estado de transe, de alteração da emoção ou da consciência, para sua segurança, o ideal é parar de escrever. Se as ideias forem repetitivas, insistentes, obsidiantes, mesmo que tenham uma aparência de bom conselho, não se sintonize. Bons Espíritos nunca constrangem o médium, nunca intuem ditados mediúnicos a qualquer hora e local, são extremamente disciplinados quanto a isso. Busque estudar, aguarde o retorno das reuniões mediúnicas presenciais, quando ai sim, devidamente preparado e orientado, poderá exercer a faculdade mediúnica em um Centro Espírita, se esse for seu compromisso.

A divulgação de mensagens mediúnicas, precedidas de cuidadosa análise, pode ser feita como referido na pergunta. Dados como data, local de recebimento e nome do médium são úteis para a devida identificação do responsável pela publicação. Algumas considerações, contudo, importa serem feitas. A exposição prematura de um médium, ainda em fase de desenvolvimento mediúnico, ante a divulgação de mensagens, pode ensejar dificuldades. Quem ensaia os primeiros passos não pode desejar correr. Para se expor a público o médium precisa de conhecimento sobre mediunidade, que na ótica espírita, se obtém pelo estudo de “O livro dos médiuns” e demais obras que lhe elucidam o conteúdo, além das demais obras da Codificação. Deve ter consciência do comprometimento assumido com os elevados Espíritos e com o público em geral. O cuidado criterioso no conteúdo divulgado, em termos de Doutrina Espírita, correção gramatical e estilo elevado, pois somos responsáveis pelas imagens de criamos na mente das pessoas. Implica em o médium estar preparado para a lutas advindas de sua publicidade, tanto pela possibilidade de se imunizar contra as ilusões dos elogios quanto dos espinhos da crítica. Saber dos riscos das mistificações e da fascinação que sempre rondam o médium, em todas as fases de seu mediunato. Não temer as perseguições a que está sujeito, de encarnados e desencarnados maliciosos, mas ter prudência. Iniciar é sempre mais fácil, perseverar é para poucos. Observar que o médium em seu exercício prático passa pela fase do exercício e do aprendizado, quando as mensagens mediúnicas, por mais belas que sejam e inspiradoras, são exercícios que os benfeitores espirituais promovem para estímulo ao trabalho e não para a divulgação. Podem ser descartadas. Somente depois de um tempo de amadurecimento podem ser levadas a público. Chico Xavier relata que não lhe foi autorizado a divulgação das primeiras mensagens mediúnicas, eram treinamento. Divaldo Franco relata o mesmo. E de nossa parte acompanhamos médiuns sérios que passaram pela fase do exercício. Qual o tempo? É variável. Emmanuel, por Chico Xavier, no livro “Mediunidade e sintonia”, cap. 14, trata do tema da seguinte forma: “Se uma certidão de competência no campo das profissões liberais da Terra exige do candidato, desde o abecedário à cúpula universitária, nada menos de quinze a vinte anos de preparação, a fim de que se lhe ajustem os centros mentais para o começo do trabalho a desenvolver, a que título esperar que um médium se forme com segurança em poucos dias? Encarregar-se dos interesses espirituais dos outros, conduzi-los, harmonizá-los, elevá-los ou socorrê-los será menos importante que traçar uma planta para o levantamento de uma ponte ou para construção de uma casa?”. Assim, convém meditar com mais vagar se é realmente momento para divulgação do médium e das mensagens por ele recebidas. Jesus se preparou trinta anos para servir por três anos. Sem desânimo, com perseverança e, como dito, prudência muito o médium poderá fazer em seu benefício e do próximo.

Na maioria das comunicações espirituais da “Revista Espírita” efetivamente os comunicantes ao tratarem da moral focaram na “Cristã”. Bem observado que os aspectos da “moral cristã” se referem ao que há de comum em todas as culturas, universalmente distribuídas, e não ao “Cristianismo e suas derivações”, como seguimento religioso. Allan Kardec explica muito bem isso na introdução e “O evangelho segundo o Espiritismo”. Outra consideração é que foram os Espíritos que revelaram Jesus como modelo (LE, questão 625) para a humanidade e não uma houve uma busca premeditada de Kardec para evidenciar um “modelo” centrado numa religião. Essas comunicações se explicam, pois o berço científico à época estava centralizado na Europa, e boa parte desses comunicantes na última encarnação viveram ali. Mas, consta também da “Revista Espírita” alusões de Kardec a outras culturas, mesmo porque o Codificador tinha contato com grupos mediúnicos de vários países e continentes, e as comunicações reportavam à cultura de tais localidades, a exemplo da América do Norte, da África, em especial da Argélia, Grécia antiga, Egito, Islamismo, China. Seguem abaixo algumas referências para você aprofundar a pesquisa:

– Diogenes/grecia-jan/59
– Mehmet-ali/,Egito-abr e nov/58
– Rainha de oude-mar/58
– Islamismo-texto de Kardec – ago e nov/66
– Lincoln-mar/67
– Cura de setif/Argélia-jun/68
– Lao-tseo-China – texto de kardec – out/68

Allan Kardec nos alertando quanto aos falsos profetas, ou seja Espíritos mistificadores e pessoas que visam enganar para obter proveito do próximo, anota no capítulo 21 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 3, um belo versículo dos Evangelhos:

3. Tende cuidado para que alguém não vos seduza; porque muitos virão em meu
nome, dizendo: “Eu sou o Cristo”, e seduzirão a muitos. Levantar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas; e porque abundará a iniquidade, a caridade de muitos esfriará. Mas aquele que perseve-
rar até o fim se salvará.
Então, se alguém vos disser: “O Cristo está aqui, ou está ali”, não acrediteis ab-
solutamente; porquanto falsos cristos e falsos profetas se levantarão e farão grandes
prodígios e coisas de espantar, ao ponto de seduzirem, se fosse possível, os próprios
escolhidos. (Mateus, 24:4, 5, 11 a 13, 23 e 24; Marcos, 13:5, 6, 21 e 22.)

Jesus-Cristo o Governador de nosso planeta nunca se manifestou por intermédio de médiuns. As suas responsabilidades nos destinos da humanidade, sua elevação espiritual se tornam incompatíveis com o envio de recados isolados, muitas vezes de conteúdo duvidoso. Muitos ainda intentam ser os porta-vozes do Cristo, na busca de prestígio e poder temporal. Temos visto com pesar tais mensagens falsas, mas que ainda iludem a muitos, mostrando o quanto ainda precisamos trabalhar e estudar para sairmos das faixas do fanatismo que cega, e rumarmos para a verdade.

A resposta relativa à mensagem de Dr. Bezerra psicografada por Divaldo P. Franco está postada na pergunta 10, acima. Não há, em nossa opinião, o que desculpar. Seu comentário, em nossa visão, não é impertinente, nem ofensivo. O importante no Espiritismo é a nossa união, em torno de Jesus e de Allan Kardec. Cada um de nós deve desenvolver o bom senso, o uso da razão, com base na fraternidade e na solidariedade, buscando o melhor entendimento dos temas. Cabe a cada um formar seu entendimento sobre mensagens mediúnicas, sempre com base em Allan Kardec. Com esse pensamento, nossos entendimentos serão cada vez mais amplos sobre a mediunidade.

Sua pergunta em bem-vinda, como a de todos os participantes. Estamos aqui, na medida de nossas possibilidades, para esclarecer as dúvidas e ter um interação mais próxima com os participantes do estudo de “O Livro dos Médiuns”.

Para se avaliar uma mensagem mediúnica devemos ter critérios, como os mencionados por Allan Kardec no capítulo 24 de “O Livro dos Médiuns”: Identidade dos Espíritos. Para a perfeita análise devemos agir como Kardec, não ter ideias preconcebidas, a conveniência do assunto, a seriedade do médium, o conhecimento do tema tratado, dentre outros. Os bons Espíritos e os médiuns sérios jamais se ofendem as avaliações dos ditados mediúnicos. E como adeptos do Espiritismo devemos sempre estudar e nunca perdermos o bom senso.

É bom considerar também que jamais devemos perder tempo com polêmicas desnecessárias. Que cada qual tem o direito de ter suas opiniões, mas nunca perdemos a união em Cristo, que é o que nos aproxima. Digo isso, pois muitos médiuns ficam ofendidos quando suas mensagem não são acolhidas. Ele não deve se ofender. A análise é da mensagem e se o autor espiritual for elevado, como disse, não se ofenderá. Se for um mistificador, ai sim, faz até mesmo que o médium se afaste do grupo.

Como a mensagem de Dr. Bezerra de Menezes é bastante atual, com vários detalhes ali colocados, pedi à nossa amiga Vice-Presidente da FEB, Marta Antunes Moura, que fizesse considerações específicas, que repasso a todos, auxiliando na análise dessa importante mensagem:

“Estimado Jacobson, a mensagem está bem de acordo com o que Jesus anuncia no seu Sermão Profético (Mateus, 24), a respeito dos processos de renovação espiritual da humanidade terrestre: 1) guerras, fomes, inimizades entre pessoas e povos, catástrofes da natureza e doenças. Mas, ainda segundo a profecia do Cristo, tudo isso representa o início das dores. Apenas o início.
2) No processo seletivo, de renovação espiritual fatos mais graves foram previstos: catástrofes cósmicas!
3) O sofrimento da humanidade, mesmo considerando o grave endividamento moral de muitos, contarão com o auxílio de Espíritos benfeitores, encarnados e desencarnados que ampararão a imensa multidão de sofredores, apontando-lhes o caminho da real felicidade: essas informações constam com maiores detalhes no Apocalipse de João, ainda que o Sermão Profético fale também
4) Importa considerar que os que sofrem passarão por amargas provações em decorrência de 2 razões básicas: a) reparação do passado de erros (lei de causa e efeito); b) ajustamento âs leis divinas pelo bom exemplo (prática da caridade)
5) Allan Kardec faz boa análise da situação em A Gênese, cap. Sinais do Tempos e em Geração Nova
6) É possível que, segundo as profecias presentes em o Novo Testamento que acontecimentos mais graves venham acontecer. Neste sentido, somente a prática da lei do amor nos dará condições para superar tudo.”

Para se avaliar um livro psicografado e definir se é de ordem elevada ou não devemos conhecer os critérios de análise de mensagens mediúnicas, que no Espiritismo é dado por Allan Kardec no capítulo 24 de “O Livro dos Médiuns”, “Identidade dos Espíritos”, ainda estudaremos esse tema nos programas da FEBTV. Mas, em linhas gerais, deve ter-se ter bom senso, conhecer Espiritismo, para ver se não há um conflito de ideias, se houver a obra não pode ser considerada Espírita, não querendo dizer que é ruim, mas não procede de Espíritos superiores, linguagem elevada, não trazer opiniões isoladas, críticas, imagens negativas, não deve ressaltar o mal, não cometer heresias científicas, não ridicularizar ninguém, nem instituições, espíritos inferiores falam muito, mas têm pouco conteúdo. E sobretudo se o médium não aufere lucros com a venda do livro, direta ou indiretamente. Se algum desse pontos ocorrer a obra não será elevada. Quanto a ler, podemos e devemos ler tudo, o Espiritismo nada proíbe, mas cuidar para não sermos fascinados por Espíritos mistificadores, evitando acreditar em tudo. Antes, analisar.